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Simplicidade e felicidade

A simplicidade e a felicidade eram amigas inseparáveis. Uma não vivia sem a outra.
Tudo estava sempre simples, feliz, e perfeito.
Ambas completavam-se, preenchiam-se e davam sentido à vida uma da outra.

Mas, a felicidade,  achando-se auto suficiente, e encantada com tudo que lhe era ofertado, foi se entregando aos desejos do mundo manifestado.
Embriagada pelo ópio do ego, foi querendo cada vez mais acumular coisas, amigos, pessoas que dependessem dela. Foi querendo ocupar lugar de destaque, sempre, como se fosse a coisa mais importante no mundo, depois de DEUS, esforçando-se para convencer as pessoas de que elas podem passar suas vidas desejando ser apenas felizes, e que isso lhes trará felicidade.

Assim, passou a dedicar parte do seu tempo, e da sua vida à essas conquistas, e distanciou-se da simplicidade, sua amiga irmã.
E ela tentou também, muitas vezes, convencer a simplicidade de mudar seu estilo, de saborear todas as delícias que o mundo pode oferecer.
Porém, a ‘pobrezinha’ simplicidade, considerada sem conhecimento da modernidade,  sem cultura, e desprovida de auto estima, negou-se a “curtir a vida”.

E o tempo foi passando, e a felicidade cada vez mais atrelada à sua busca incessante de “felicidade”, não se deu conta do emaranhado no qual se envolvia, e nem deu ouvidos à sua amiga simplicidade.
Até que a felicidade percebeu que na escolha que havia feito, ela só podia sentir ‘felicidade’ conquistando coisas e pessoas, e poder…etc..etc..etc.., e que toda essa conquista não preenchia sua alma de felicidade plena.

Então, foi procurar a sua grande amiga irmã, a simplicidade, e surpreendeu-se ao vê-la em sua casinha simples, vestindo suas roupas simples, ao lado de sua família simples, brincando no jardim simples, mas com muita alegria, amor, companheirismo e felicidade.
E perguntou: “Simplicidade, como você pode sentir-se assim tão bem e feliz sem mim?
E ouviu: “Eu não estou sem você, pois na verdade eu sou você também. Assim como você não está sem mim. Você apenas não me percebe dentro de você!”

A simplicidade era tão simples,  que a felicidade não podia perceber que sem ela, a felicidade nunca seria plena.
A felicidade era tão pretensiosa, que não permitia que a simplicidade fosse parte intrínseca de sua existência.
Acontece que as duas coisas são a mesma coisa, como se fossem apenas frente e verso de um mesmo corpo.

Não é possível encontrar felicidade complicando tudo na vida, e colocando sempre um item a mais nessa busca, como por exemplo:”quando eu ganhar dinheiro serei feliz”, “quando mudar de emprego serei feliz”, “quando eu me casar serei feliz”, etc.
São esses itens a mais que complicam a busca e produzem a névoa que distorce a percepção de felicidade agora.

Da mesma forma, não é fácil ser simples quando não se sente um pouquinho de felicidade ao menos. A ausência dessa sensação de felicidade com a vida como ela é e está agora, nesse exato momento da caminhada, cria a incessante necessidade de conquistar, de possuir coisas e pessoas, e títulos e poder…

É feliz quem é simples, e é simples quem é feliz!
E por favor, não distorçam minhas palavras achando que simplicidade é o mesmo que pobreza, sujeira e ócio.
Não foi isso que escrevi.

NAMASTÊ!

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