Já ouvimos muito sobre o desapego, certamente, e cada um de nós tem sua própria definição para este termo. Mas, todos concordamos com a necessidade de colocar este desapego em prática, e todos sabemos das dificuldades para conseguir essa prática.
Deveríamos ter a capacidade de nos desapegar das coisas que possuímos, das pessoas mais próximas, das estabilidades, dos medos, das necessidades.
Porém esse é um processo considerado doloroso, já que via de regra, para desapegar precisamos abrir mão daquilo que tanto desejamos.
Eu tive o grande privilégio de ouvir em uma palestra, uma nova versão pra esse desapego. Entendi de outra forma, e espero que todos os ouvintes tenham tido também um novo entendimento, que aliás, é uma forma muito mais fácil e prazerosa de aplicar. Entendamos o desapego, a partir de hoje como “usufruir”, ou seja, “fazer uso de”. Sabe aquele aparelho de jantar que você guarda pra usar quando recebe visitas importantes? Use hoje! Tá guardando porque? Sabe aquela camisa que você comprou faz 20 nos, e não usa há mais de 2 anos? Doe hoje pra alguém que precisa! Tá guardando porque? Sabe aquela mágoa de alguém que te destratou há anos atrás? Joga fora hoje! Tá guardando porque? Guardamos porque temos medo de perder as coisas, coisas que sequer possuímos. Guardamos por que não nos damos conta de que o que possuímos verdadeiramente, e o que levaremos conosco para a eternidade, é o prazer de desfrutar da vida como ela se oferece hoje. O ontem já foi hoje um dia, e se desfrutamos bem, teremos boas experiências e recordações. O amanhã, quando chegar, será o hoje, e se desfrutarmos bem, será sempre perfeito. Viva o hoje, com o maior prazer possível, lembrando-se das felicidades vividas no passado, e desejando a vinda do amanhã tão esperado, sem importar-se com coisas, posses, bens, posição, identificação. Não haverá assim a menor possibilidade de apegar-se.
NAMASTÊ!