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O que eu aprendi com essas eleições?

Sou uma mulher durona. Sempre fui.
Do tipo que resolve as coisas. E rápido.
E não tenho muita paciência para mimimis, e ainda não sei se isso é um defeito ou uma grande virtude

Quando jovem, fiz campanha política até as madrugadas, criei uma casa para abrigar meninas abandonadas nas ruas da cidade vendendo rifas e panetones na praça pra angariar fundos.
Já fiz passeata pela Paz e pelo Respeito, e participei da criação do Observatório Social de Piracicaba.
Sou do tipo que faz.

Na minha frente ninguém fura fila, nem joga lixo no chão e nem estaciona em vaga reservada. Na minha frente, ou seja, se eu estiver vendo, ninguém leva vantagem sobre os outros. Sou chata mesmo.
Como mãe, fui apelidada por meus próprios pais de “generala”. Talvez eu tenha mesmo exagerado em certas ocasiões, mas, missão dada é missão cumprida, e de forma impecável.

O mundo nunca foi um lugar muito interessante pra mim, e eu sempre fui considerada uma sonhadora utópica.
Mas, como esclareci acima, não sou  muito de ficar sonhando. Sou de realizar.
E realizando ficou um pouco difícil não envolver-me com política, já que injustiças e desigualdades maciças só podem ser combatidas com políticas públicas. E eu me envolvia mesmo.

Mas, há algum tempo decidi envolver-me menos e nunca mais escrever sobre política, apenas por que eu ainda não descobri como, sendo verdadeira, agradar à gregos e troianos. Até por que os atuais gregos e troianos não estão a fim de encontrar um ‘caminho do meio’ à ser seguido.
De qualquer forma, o fato de não mais escrever não me impede de refletir e aprender sobre tudo que está acontecendo à minha volta, e quem eu sou neste acontecimento.

Minha alma acredita que:
” Que homem é o homem que não deseja melhorar seu mundo?” Balian de Ibelin, buscando a paz na Terra Santa(1100 dC)
“Para que o mal perdure, basta que os bons nada façam” E. Burke
“Seja a mudança que deseja ver no mundo” M. Gandhi
Então, continuei sendo quem acredito ser.

E nestas eleições adotei a postura de observador.
Aliás, o observador é fundamental para a definição de um evento quântico. Então, assim passei a definir os eventos que desejo ver acontecendo.
Eu aprendi muita coisa, de forma concreta.

Aprendi por exemplo, que quase ninguém sabe tudo, absolutamente tudo que eu já fiz e vivi nesta vida. Poucas pessoas sabem bem pouco de mim, e isso mão é suficiente para impedi-las de julgarem-me.
Aprendi que  minha maneira de ver as coisas é única, e que pelos discursos observados sou socialista fascista democrática liberal.

Apreendi que sou muito feminina, e aprendi a reconhecer a exuberante força entranhada em uma mulher, mas um lado meu não pode ouvir a palavra feminismo.
Aprendi que tenho um entendimento limitado para muitas coisas, e que isso pode me classificar como preconceituosa, mas aprendi também a reconhecer uma espantosa habilidade de aceitar, ainda que sem entender.

Aprendi que não faz muita diferença quem ganha uma eleição: parte do povo estará insatisfeito, e eu, eu precisarei continuar realizando, todos os dias, aquilo que só eu posso realizar.
Aprendi que não faz muita diferença quem é seu candidato, ou qual seu ideal: estamos permitindo e contribuindo com uma manipulação coletiva, onde só quem ganha é o sistema e seus dirigentes, fato inexorável.

Aprendi que estamos longe de um mundo pacífico, por que não conseguimos manter a Paz em nós mesmos.
Aprendi que as pessoas compartilham lindas frases, e longos vídeos, sem terem incorporado a ideia neles contida, como por exemplo “Prefiro ter Paz do que ter razão”( campeã nas redes sociais).
Aprendi que a tal ‘polarização’ não é um fenômeno social, mas sim a externalização de uma condição interna dos homens e mulheres que compõe nossa sociedade.

Aprendi que eu sou única, e que você é único, e que existe uma infinita possibilidade de seres únicos.
Aprendi que não sou melhor que ninguém, e que não há ninguém melhor do que eu.
Aprendi que não existe possibilidade de pensarmos igual.

Aprendi que não me deixarei ser rotulada, de maneira alguma.
Sou a expressão da minha alma, e isso não cabe em qualquer movimento supostamente agregador. Não preciso de movimentos para unir aquilo que minha consciência já reconhece como uno.
Finalmente eu aprendi que não importa o que os outros pensam de mim. Importa que tipo de pensamento eu alimento e que tipo de vibração vou emanar. Isso cria a realidade que eu desejo.

Não é do lado de fora que as grandes mudanças acontecem.

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