Estamos nos rendendo ao medo.
Cada vez mais estamos nos tornando escravos de uma sociedade desequilibrada e doente, que continua com suas ações de privilégio pessoal, em detrimento do seu semelhante.
Se é que, a sociedade atual reconhece o semelhante em qualquer pessoa.
Atualmente parece que semelhante é aquele que tem um carro tão bom quanto o meu, uma casa tão exuberante quanto a minha, o tênis tão sofisticado quanto o meu e o aparelho de celular tão avançado quanto o meu.
Mas eu pergunto: Pra que serve um carro de última geração se você não pode sair de casa com segurança?
Desejar cada vez mais desenvolve apego e dependência.
E nesse círculo vicioso, nos tornamos indiferentes ao mundo à nossa volta, porque não temos tempo(precisamos ganhar dinheiro pra manter tudo isso), e porque não temos interesse, já que no mundo à nossa volta identificamos poucos pontos de semelhança.
E a indiferença é uma doença tão cruel e perigosa quanto à falta de discernimento que induz um indivíduo à roubar. Quando exercitarmos em nós a verdadeira Paz de Espírito, não sentiremos mais medo, e teremos menos necessidades, menos desejos e menos apegos, menos diferenças entre nós.
E essa não é uma lição minha: Buda ensinou, Jesus Cristo ensinou, São Francisco de Assis ensinou, entre muitos outros.
A gente não aprende porque não quer e porque é muito mais gostoso ter poder e muita grana.
E nessa doença social, o bom mesmo é fazer aquilo que é gostoso e dá prazer, e não apenas oque traz paz.
Paz de Espírito não é uma sensação, é um estado de ser, constante e pleno.
E o que fazer para chegar nesse ponto? Escolhas.
Precisamos sair de cima do muro, fazer nossas escolhas e assumir as consequências, e parar de jogar a responsabilidade nos outros.
E, preferencialmente, sempre que possível, escolher aquilo que nos mantem em paz ao invés de escolher reforçar que temos razão.
O mundo em que vivemos hoje é exatamente como cada um de nós escolheu construir.
Namastê!